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As muitas ameaças à infância indígena no Brasil

31 março 2023  |  Escrito por Comunicação Agenda227  |            

De norte a sul do país, populações originárias têm direitos violados – relatam membros da Agenda 227.

Imagem: print da publicação no Nexo Jornal / Infância indígena

Em artigo da coluna da Agenda 227 no Nexo Jornal, Maristela Cizeski, articuladora de Direitos da Pastoral da Criança Nacional, e Fábio Pena, coordenador de Educação e Comunicação do Projeto Saúde e Alegria, ambos membros dos Grupos de Trabalho Temáticos do movimento, apontam uma série de violações aos direitos dos povos indígenas no Brasil, afetando diretamente a infância indígena brasileira.

Além da crise humanitária dos yanomamis, que escancarou a realidade dos indígenas em reservas nos estados de Roraima e Amazonas, os articulistas trazem à tona a realidade de outros povos originários, como os Munduruku, no Pará, e Laklãnõ-Xokleng, em Santa Catarina.

Apesar das diferentes realidades, a situação dos povos indígenas em território brasileiro tem pontos convergentes quanto às causas que levam às violações de direitos e afetam, sobremaneira, os mais vulneráveis, como crianças e adolescentes.

“Engana-se quem vê como um caso isolado a crise humanitária que assola o povo Yanomami. A emergência em curso é análoga à grave condição de sobrevivência de outros povos originários no país. De Norte a Sul, a ocupação ilegal de terras movida por interesses econômicos predatórios e do agronegócio afeta a existência de inúmeros grupos, historicamente abandonados e violentados pelo Estado e por outras populações” – afirmam Maristela e Fábio.

Infância indígena

Em terras Yanomami, o garimpo ilegal é um dos principais fatores que alimentam a tragédia. A atividade também é relatada no território do povo Munduruku que já convive com as consequências da contaminação por mercúrio. Um estudo realizado pela Fiocruz em 2020, em parceria com o WWF-Brasil, apontou que cerca de 15,8% das crianças apresentaram problemas em testes de neurodesenvolvimento.

“Onde havia vida acontecendo a partir de costumes e cultura próprios, hoje se tem invasões, violência sexual, escolas fechadas, doenças e fome”, destacam os articulistas sobre os legados do garimpo.

Já no Sul do país, eles ressaltam a situação dos Xoklengs. Além de conviverem com a exploração de mão de obra de jovens indígenas nas plantações de fumo, com a exploração sexual e retirada compulsória de crianças indígenas de suas famílias, os Xoklengs ainda se veem diante da ameaça de permanência no atual território em função da tese jurídica do marco temporal.

Acesse a íntegra do artigo no Nexo Jornal.

E aqui mesmo, no site da Agenda 227, não deixe de conferir as propostas de políticas públicas do movimento para os povos originários. Clique aqui.

 

 

Descrição da imagem:

Banner retangular, print editado da publicação no Nexo Jornal. Fundo branco. Na parte superior da imagem, centralizado, logo do NEXO. Logo abaixo, alinhado à esquerda, sobre uma faixa horizontal bege e identificando a editoria, aparece o texto: “ponto.futuro”. Abaixo desse texto, centralizado na imagem, um retângulo bege com logo da Agenda 227 à esquerda; ao centro o texto “Agenda 227” e, abaixo dele, em destaque, o título da publicação: “As muitas ameaças à infância indígena no Brasil”.

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