Que país queremos dar a nossas crianças?
29 agosto 2023 | Escrito por Comunicação Agenda227 |
O ano de 2022 foi o mais perigoso para crianças e adolescentes brasileiras até aqui, e temo pelos dados de 2023
Imagem: print da publicação no Jornal O Estado de S. Paulo
José Luiz Setúbal*, presidente da Fundação José Luiz Egydio Setúbal uma das organizações signatárias do movimento Agenda 227, em artigo publicado nesta terça-feira (29/08) no jornal O Estado de S. Paulo, comenta sobre os dados devastadores que constam do Anuário Brasileiro de Segurança Pública divulgado no mês de julho, com base nos dados de 2022.
As crianças e adolescentes continuam sendo as maiores vítimas da violência no nosso país. De acordo com Setúbal, os dados do Anuário começaram a ser compilados somente a partir da pandemia “e, desde então, percebe-se queda nos registros em época de férias escolares – prova de que os colégios são protagonistas na percepção de casos de maus-tratos. Isso reafirma a importância dos profissionais da educação na rede protetiva das nossas crianças. E, por mais desfalcado de recursos que esteja o ensino público nacional, ele é um espaço de acolhimento e que oferece segurança”.
O ano de 2022 foi o mais perigoso para crianças e adolescentes brasileiras. Apesar das mortes violentas terem apresentado uma sutil redução, todos os outros crimes apresentaram aumento, demonstrando o ambiente hostil do País. Setúbal afirma a importância da implementação de políticas públicas preventivas e de combate às violências contra meninos e meninas.
“Da mesma forma como o novo governo federal tem mostrado empenho na implantação de políticas públicas na esfera da violência contra a mulher, também a violência contra as crianças e os adolescentes precisa ser eleita como fenômeno a ser combatido. Não é mais justificável bater, castigar ou punir para educar. Não é mais justificável deixar o tempo passar enquanto dizimamos o futuro das novas gerações. É urgente que as estratégias de enfrentamento da violência sejam ampliadas e aprofundadas no Brasil, assim como define o artigo 227 da Constituição: as crianças devem ser prioridade absoluta”.
Confira a íntegra do artigo disponível no site do Estadão. Acesse aqui.
*José Luiz Setúbal é graduado em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Atualmente é presidente e instituidor da Fundação José Luiz Egydio Setúbal, que integra o movimento Agenda 227. É também membro Titular da Academia Brasileira de Pediatria, vice-presidente do Instituto PENSI e presidente do conselho da Associação Fundo Areguá. Atua como conselheiro em várias Instituições: Fundação Tide Setúbal; Instituto de Ensino e Pesquisa Alberto Santos Dumont; Associação Paulista de Fundações; Instituto Gerando Falcões e Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
Descrição da imagem: banner retangular, print editado da publicação no Jornal O Estado de S. Paulo. A metade superior tem fundo branco e a inferior, fundo azul. Na parte superior da imagem com fundo branco, centralizado, tem a logo do Jornal O Estado de S. Paulo. Logo abaixo, centralizado, aparece o texto: “Espaço Aberto” e em seguida, abaixo e centralizado o nome do autor do artigo “José Luiz Setúbal” com o texto “Colunista convidado”. Abaixo desse texto, na outra metade do banner, com fundo azul, ao centro em destaque o título do artigo “Que país queremos dar a nossas crianças?”, e logo abaixo, centralizado, o seguinte texto “O ano de 2022 foi o mais perigoso para crianças e adolescentes brasileiras até aqui, e temo pelos dados de 2023”.
mais notícias
O que os novos prefeitos devem fazer pelas crianças frente à mudança climática
Representantes da Agenda 227 consideram fundamental a colaboração entre os entes federativos para evitar que a crise climática se converta em uma tragédia.
Leia maisQuase 50% dos planos de governo municipais abordam crianças e adolescentes
Mas garantia de direitos da população de 0 a 18 anos não aparece como prioridade para os próximos mandatos, diz membro da Agenda 227.
Leia mais