Cuidar do presente e do futuro do Brasil é para ontem
10 novembro 2022 | Escrito por Comunicação Agenda227 |
“O que está em jogo é um processo de reconstrução da capacidade de operação do Estado.”
Imagem: print da publicação no Nexo Jornal
A coluna da Agenda 227, publicada no Nexo Jornal do dia 8/11, traz um panorama dos desafios que a nova administração federal terá que enfrentar a partir de 2023: é preciso cuidar do presente com vistas às garantias de direitos das crianças e adolescentes no futuro.
*Miriam Pragita, Gustavo Paiva e Lucas Lopes, integrantes do Grupo de Coordenação e Articulação da Agenda 227, destacam a escalada das violações de direitos e o desmonte das políticas públicas em áreas que afetam diretamente crianças e adolescentes.
Segundo levantamento da Fundação Abrinq, em 2021 mais de 18 milhões de meninos e meninas de até 14 anos viviam em situação de fome. E de acordo com o Unicef, 30% das crianças indígenas são afetadas por desnutrição crônica.
Os problemas se estendem a outros setores essenciais para o pleno desenvolvimento de crianças e adolescentes. Na saúde, a taxa de cobertura vacinal em 2021 foi de pouco mais de 60%. Em um país que já registrou índices de cobertura de mais de 95%, esse retrocesso é um sinal de alerta para o risco de retorno de doenças consideradas erradicadas no Brasil.
O artigo também aborda, entre outros, o aumento da violência – quatro meninas com menos de 13 anos são estupradas por hora no país; a evasão escolar, cerca de 2 milhões de crianças e adolescentes (entre 11 e 19 anos) estão fora das salas de aula.
Segundo os articulistas: “Além da retomada do orçamento de áreas vitais para essa população, como saúde, educação, assistência social e meio ambiente e clima, será preciso garantir uma governança capaz de articular ações intersetoriais em todas as pastas da nova administração. Também é urgente recompor e fortalecer conselhos e instâncias de participação e controle social, como o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente e as conferências e planos nacionais setoriais das mais diversas áreas”.
Essas medidas também fazem parte das propostas do movimento Agenda 227 e foram contempladas no Plano País para a Infância e a Adolescência.
Acesse aqui a íntegra do artigo publicado no Nexo Jornal.
*Miriam Pragita possui formação em Liderança Executiva para o Desenvolvimento da Primeira Infância na Universidade de Harvard e em Ciência e Implementação de Políticas Públicas na Primeira Infância pelo Insper. É pós-graduada em Gerenciamento de Projetos pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e integrante da equipe executiva e do Grupo de Coordenação e Articulação da Agenda 227.
*Lucas Lopes é cientista social, mestre em Direitos Humanos e Políticas Públicas, é ponto focal da Coalizão Brasileira pelo fim da Violência contra Crianças e Adolescentes, membro da Comissão Técnica da Parceria Global pelo fim da violência contra crianças e adolescentes do município de São Paulo e integrante do Grupo de Coordenação e Articulação da Agenda 227.
*Gustavo Paiva é jornalista e professor licenciado, com pós-graduação em Literatura para Crianças e Jovens. É analista de relações governamentais do Instituto Alana e integrante da equipe executiva e do Grupo de Coordenação e Articulação da Agenda 227.
Descrição da imagem:
Banner retangular, print editado da publicação no Nexo Jornal. Fundo branco. Na parte superior da imagem, centralizado, logo do NEXO. Logo abaixo, alinhado à esquerda, sobre uma faixa horizontal bege e identificando a editoria, aparece o texto: “ponto.futuro”. Abaixo desse texto, centralizado na imagem, um retângulo bege com logo da Agenda 227 à esquerda; ao centro o texto “Agenda 227” e, logo abaixo, em destaque, o título da publicação: “Cuidar do presente e do futuro do Brasil é para ontem”.
mais notícias
O que os novos prefeitos devem fazer pelas crianças frente à mudança climática
Representantes da Agenda 227 consideram fundamental a colaboração entre os entes federativos para evitar que a crise climática se converta em uma tragédia.
Leia maisQuase 50% dos planos de governo municipais abordam crianças e adolescentes
Mas garantia de direitos da população de 0 a 18 anos não aparece como prioridade para os próximos mandatos, diz membro da Agenda 227.
Leia mais