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Casos de abuso sexual de crianças disparam no estado de São Paulo

8 fevereiro 2023  |  Escrito por Comunicação Agenda227  |            

Especialsita da Agenda 227 mostra que não há um trabalho efetivo de prevenção e proteção das crianças e adolescentes.

Imagem: print da publicação no Portal R7

A matéria publicada (07/02) no Portal R7 aponta que houve um aumento de 30% nos registros de violência sexual contra crianças e adolescentes,  vítimas de 0 a 17 anos, em 2022.

Os dados trazem um comparativo das notificações nos últimos três anos no estado de São Paulo: 13.472 casos em 2020, 13.236 em 2021, e 17.318 em 2022. No entanto, para especialistas, o número de casos deve ser ainda maior porque há subnotificação.

Possíveis causas

Uma das causas apontadas para o registro desse aumento foi o fim das restrições de isolamento impostas pela pandemia. Com as escolas fechadas, boa parte das crianças ficou sem uma importante fonte de informação e de denúncias de abuso, os professores. Mais de 70% dos casos registrados nos últimos três anos foram cometidos por pessoas que têm algum grau de parentesco com as vítimas.

“A gente sabe que a violência sexual, principalmente de crianças e adolescentes, é totalmente subnotificada e, quando fecharam as escolas e todo o resto, a preocupação foi ainda maior porque, a partir disso, se os abusos ocorrem em casa, para quem essas vítimas vão recorrer? E, a maioria, infelizmente, acontece dentro dos próprios lares” – afirma Jamila Jorge Ferrari, delegada e coordenadora das Delegacias de Defesa da Mulher.

Falta prevenção

A jornalista Isabelle Amaral ouviu também o cientista social e coordenador do Grupo de Trabalho de Enfrentamento às Violências da Agenda 227, Lucas Lopes.

Lucas ressalta que, apesar das diversas leis contra esse tipo de violência, não há um efetivo trabalho de prevenção. “Tudo o que a gente faz, mas de forma deficitária, são leis que são aplicadas só depois que o ato ocorreu. O responsável pode ser preso, mas, e o trauma que essas milhares de crianças vão levar para a vida?” – questiona.

A principal ocorrência das notificações é de estupro de vulnerável. Em segundo lugar a de importunação sexual.

Sistema de garantia e proteção

O Secretário Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Ariel de Castro Alves, destacou na reportagem a importância de implantar as medidas previstas na Lei nº 13.431/2017, que estabelece o sistema de garantia de direitos da criança e do adolescente vítima ou testemunha de violência.

Lucas Lopes ressaltou também a necessidade de colocar o tema do abuso infantil na agenda de políticas públicas, como o compartilhamento de dados e relatórios – uma das propostas presentes do Plano País para a Infância e a Adolescência.

Para ler o conteúdo na íntegra, acesse a reportagem no Portal R7.

 

 

 

Descrição da imagem: banner horizontal, print da publicação no Portal R7. Sobre um fundo branco, na parte superior da imagem, de um lado ao outro, há uma faixa na cor azul. No canto esquerdo da faixa, o logo do R7 seguido dos textos: “Menu”, “Brasília”, “Entretenimento”, “JR 24h”, “R7 Tempo”, “Paulistão 2023”, “Record TV”. Na parte central do banner, o título: “Casos de abuso sexual de crianças disparam no estado de São Paulo”. Abaixo, o subtítulo: “Registros de violência sexual cresceram 30% entre vítimas de 0 a 17 anos em 2022; especialistas alertam para subnotificação de crimes”. Debaixo do subtítulo, mais à esquerda, os textos: “São Paulo”, “Isabelle Amaral, do R7” e a data e horário da publicação: “07/02/2023, 02h00”, “Atualizado em 07/02/2023 – 8h36”.

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